Nas organizações vive-se hoje o risco de falência das potencialidades humanas. Se por um lado, as empresas representam a força de mudança de uma cultura, de uma nação, por ser a base inexorável da economia, por outro, se não cumprem seu papel de forma integral, invariavelmente são canais de fixidez e regressão humanas.
Assim como o indivíduo, a organização é uma estrutura dinâmica, viva, em constante ação, adequação e resposta à realidade, tendo como condição de funcionalidade e expansão, o potencial humano livre e bem direcionado. Sua estrutura, seus resultados, suas políticas de gestão de pessoas, de marketing, de produção, de tecnologia entre outras, são regidas pela mente do líder que a dirige.
No entanto, assim como o cérebro humano pode estar polarizado por informações que absorvem o potencial do indivíduo, o corpo dirigente da empresa pode administrá-la dentro de um circuito, que não só lhe consome a potência, como lhe coloca no vazio.
A área voltada aos processos e gestão de pessoas, atualmente chamada de "Recursos Humanos" pode estar também constituindo um conjunto de ações, que conduzem às estratégias do fazer por fazer, das práticas e regulamentos desconexos da realidade da empresa e de sua possibilidade criativa e expansiva, condicionando a uma visão retrógrada e autômata, tendo o homem como um "recurso" e não potencializado na sua força de realização.
O desafio é revisar e transformar os dirigentes, a área, seus profissionais e as estratégias da empresa. De Recursos Humanos para Desenvolvimento Humano: a possibilidade real de alterar a participação do homem no contexto organizacional, social, político e econômico.
A premissa balizadora desta mudança é de que o ser humano passa a ser contemplado, como inteligência que precisa ser desenvolvida para que possa realizar seu potencial a pleno. Resgatar o humano de cada um de nós é uma tarefa que pressupõe uma grande dedicação, tempo, empenho e responsabilização. Um novo modelo de organização mais centrado nas pessoas e no seu desenvolvimento integral é que cada vez mais fará a diferença no mundo corporativo e. por conseqüência, na sociedade em que vivemos.
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